Contributo para o Estudo das Iluminuras dos Frontispícios dos Livros de Receita e Despesa da Misericórdia do Funchal (Séculos XVII e XVIII)
Resumo
Não se conhecem “debuxos”, “apontamentos”, “plantas”, “traças” e “riscos” dos pintores e imaginários madeirenses dos séculos XVI, XVII e XVIII, por isso, o estudo das iluminuras, que abrem as portadas ou frontispícios dos livros de receitas e despesas da Misericórdia do Funchal, possibilita o conhecimento, através destes raríssimos documentos gráficos, do modo de desenhar dos artistas regionais.
Estas iluminuras evidenciam fragilidades gráfico-pictóricas, com desenhos ingénuos, testemunhando a falta de experiência oficinal e a distância significativa das aprendizagens académicas dos seus autores, sendo, por vezes, meras cópias de gravuras europeias, especialmente ítalo-flamengas, que circulavam nas oficinas ou propriedade dos comitentes. Não estão assinadas, mas pelas afinidades estilísticas e características estético-formais é possível agrupá-las, revelando alguma relação entre os encomendantes, como o provedor ou o escrivão, e o iluminador.
Palavras-chave
Iluminura; Desenho; Gravura; Estampa; Pintura; Misericórdia.
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