Reflexos, Silêncios, Fantasmas: Do Arquivo como Norma ao Arquivo como Problema na História
Resumo
Desde sensivelmente a transição para o século presente que se assiste a uma valorização teórica, epistemológica e cultural do arquivo, que o tem colocado no centro de um debate que mobiliza várias disciplinas no seio das ciências sociais e humanas. Esse desenvolvimento contraria uma representação, apesar de tudo ainda não superada, do arquivo como um objeto inquestionado e naturalizado numa ordem de preocupações principalmente operatórias. Neste ensaio procede-se a uma incursão num corpus bibliográfico crescente e pluridisciplinar que problematiza o conceito de arquivo e os próprios arquivos e conduz a uma reinterpretação da relação destes com a sua envolvente socio-histórica. Uma incursão em que, por via da exploração de temas como memória, poder e usos sociais e políticos do arquivo, são valorizados contributos que permitam um novo enfoque sobre a história dos arquivos e uma valorização da sua historicidade específica. Numa perspetiva de integração das problemáticas do arquivo e da memória coletiva, é sugerida a utilidade do estudo dos arquivos para uma sociologia histórica das práticas mnemónicas.
Palavras-chave
Conceito de Arquivo; História dos Arquivos; Poder; Memória Coletiva; Interdisciplinaridade.
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