Estevão Pedro de Alencastre (1876-1940) – Uma Criança da Ilha do Porto Santo que se Tornou Bispo do Hawaii

Autores

  • Susana Caldeira

Resumo

O arquipélago da Madeira, ao longo do século XIX, sofreu adversidades sociais e económicas que obrigaram a transformações radicais no modo de vida das ilhas e das populações. A prosperidade da economia das ilhas, sustentada na indústria e no comércio do vinho, sofreu um tremendo abalo quando as vinhas foram atacadas por doenças como o oidium (1852) e a filoxera (1872) que dizimaram os campos agrícolas e deixaram a população numa situação de miséria extrema. Para fugir à fome e à morte certa num solo estéril, a emigração surgiu como a salvação possível de famílias inteiras. Foi o caso da família de Estevão Pedro de Alencastre (1876-1940) que, entre tantas outras, abandonou a ilha do Porto Santo e rumou ao Hawaii, na esperança de uma vida melhor. É a esta figura, que saiu da sua ilha com apenas seis anos, e que em 1924 se tornou bispo do Hawaii, que dedicamos este artigo. O papel que desempenhou na diocese havaiana e na vida das populações contribuiu para o desenvolvimento das ilhas e valeu-lhe o cognome de O Edificador. Erigiu escolas e igrejas em todas as ilhas, priorizou a educação e a formação dos jovens, e empenhou-se em aumentar o corpo missionário naquele arquipélago onde a religião católica crescia a cada dia. A comunidade portuguesa, e em especial a madeirense, jamais se esqueceu desta figura ímpar da História do Hawaii.
Palavras-chave: Porto Santo; Madeira; Emigração; Hawaii; Bispo; Estevão Pedro de Alencastre.

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Publicado

2025-05-16

Edição

Secção

Estudos / Ensaios