Atos Críticos de Comensalidade e Capital Cultural: Como o Vinho da Madeira Cumpriu Funções Sociais entre as Elites Anglófonas (1815 a 2000)
Resumo
As elites anglófonas do mundo atlântico desenvolveram um profundo apreço pelos vinhos fortificados da Madeira. No final do século XVIII, o vinho da Madeira constituía um importante bem de luxo, cuja compra sinalizava gosto, requinte, conhecimento esotérico e riqueza. Por outras palavras, a coleção e o consumo de vinho da Madeira funcionavam como capital cultural no sentido de Pierre Bourdieu. Um segundo conceito da história da alimentação aplica-se a bebidas sociais como o vinho: a comensalidade. A comensalidade pode ser definida como o ato de as pessoas comerem e beberem juntas. Este conceito capta os laços humanos essenciais que as pessoas que bebem ou comem juntas frequentemente criam. Estes laços afetam as ligações sociais, bem como os laços comerciais. Alguns estudos examinam o vinho da Madeira como capital cultural e os estudos sobre comensalidade prestam atenção a banquetes. Este artigo juntará estas duas linhas de investigação e centrar-se-á nos banquetes, nas festas do Madeira e na interação entre capital cultural e comensalidade quando se bebe vinho da Madeira.
Palavras-chave: Comensalidade; Capital Cultural; Vinho da Madeira.
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