As Representações dos Negociantes (Nacionais e Estrangeiros) dos Vinhos da Madeira ao Governador: O Problema da Falsificação dos Vinhos na Segunda Metade do Século XVIII
Resumo
Em 1768, o governador João António de Sá Pereira constata a dificuldade em encontrar vinhos da Madeira puros e anuncia medidas para minimizar esta realidade. Cerca de duas décadas depois, a falsificação do referido vinho atinge proporções preocupantes. A partir de 1787, sucessivas representações dos negociantes, nacionais e estrangeiros, denunciam a prática de alguns comerciantes do norte da ilha de misturar o sumo da
cereja preta com os vinhos, de forma a melhorar a sua qualidade e cor. Perante esta situação, o governador D. Diogo Pereira Forjaz Coutinho toma uma série de medidas, das quais se destacam o extermínio das cerejeiras pretas e a regulamentação do cultivo da vinha e das vindimas. Até ao final do século, os seus sucessores vão proibir a entrada e saída de vinhos na ilha da Madeira provenientes dos Açores e das Canárias, os quais eram posteriormente vendidos como vinho da Madeira.
Palavras-chave: Vinho da Madeira; Falsificação; Ilha da Madeira; Canárias; Açores.
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