Aspetos do Quotidiano na Tabua dos Séculos XVII e XVIII: O Morgadio do Capitão Diogo Afonso de Aguiar como Unidade Económica e de Poder Familiar
Resumo
A Tabua era, no século XVII, um pequeno núcleo populacional que se tinha fixado nas exíguas margens e vertentes da ribeira que a atravessa. A vida decorria ao sabor do tempo, das condições climáticas, das cheias, que em tempo invernoso paravam a localidade.
Tratava-se, então, de um microcosmo onde ricos e pobres se interligavam em relações de dependência centradas na terra. Para os mais abastados a vida era desafogada. A produção vinícola, a criação de gado e a pesca foram os alicerces económicos das suas casas. Para os outros, o quotidiano era de subsistência.
Hoje, a capela de Nossa Senhora da Conceição, erguida na margem direita da ribeira, simboliza uma parte dessa história. Do património antigo pouco resta, mas guarda a pedra tumular do fundador, o capitão Diogo Afonso de Aguiar e da sua mulher, Maria de Ornelas Florença.
Com este estudo de caso pretende-se entender a fixação da população numa pequena zona rural, os seus grupos sociais, como viviam e se complementavam, entender a posse da terra, pelas relações que motivou, como sustentáculo de quem a trabalha ou a possui.
Conhecer as especificidades do morgadio do capitão Diogo Afonso de Aguiar, a sua gestão no tempo como unidade económica, e as estratégias implementadas para a manutenção do poder da família, assim como as suas contradições, são outros objetivos que propomos.
Palavras-chave
Ilha da Madeira; Tabua; Instituições Vinculares; “Morgadios”; “Capelas”; Património.
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