Um Projeto Utópico: O Estabelecimento de uma Colónia Naturista Infantil na Madeira (1929)

Autores

  • Isabel Drumond Braga

Resumo

Em Portugal, durante as primeiras décadas do século XX, foram crescendo os adeptos do vegetarianismo e do naturismo, devido à ação da Sociedade Vegetariana de Portugal.
A ligação entre as duas realidades foi palpável desde cedo. Isto é, os adeptos destas práticas defendiam ideias semelhantes: benefícios da água, do ar, do sol e, consequentemente, de uma vida em contato com a natureza, a par de uma alimentação natural, isenta de carne e de peixe, em paralelo aos ataques ao tabaco, às bebidas excitantes e ao álcool. Naturistas e vegetarianos estavam de acordo que uma maneira de viver não conforme às leis da natureza era a principal causa das enfermidades. O maior ativista do vegetarianismo foi Amílcar de Sousa (1876-1940), médico formado na Universidade de Coimbra, em 1905, que aderiu ao naturismo em 1910, depois de ter se tornado vegetariano. Além de ter sido autor de diversas obras, em 1929, propôs à Sociedade das Nações a criação de uma colónia naturista infantil na ilha da Madeira.


Palavras-chave

Amílcar de Sousa; Colónia Naturista; Ilha da Madeira; Utopia; Vegetarianismo; Século XX.

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Publicado

2022-05-02

Edição

Secção

Estudos / Ensaios